sexta-feira, 23 de julho de 2010

Hora de Murfar

Dentre todos momentos que vivi, gostaria de reviver alguns em especial.

Um deles é na flor da minha infância: 10 anos, imaturidade, uma rua vazia e um tombo a mais. Minha melhor amiga (atual e pra sempre), me olhou fundo nos olhos e disse: Calma Jé, não chora assim senão choro também.
Certamente estávamos fazendo algo errado e escondido que não vale a pena citar agora. Mas naquele momento eu soube que poderia contar com ela em qualquer momento na minha vida.

Suspeito que são poucos os que são capazes de te compreender e te aceitar de todas as formas. Sempre tive sorte de ter uma mãe que me ouvia ou um pai paciente.
Tive sorte de ter um irmão insuportável. Pois se não fosse por ele não sei se iria sabe lidar com a escola e meus colegas que faziam com que cada dia fosse diferente do anterior... PÉSSIMO.

No mais, foi realmente naquele dia que soube que podia contar com ela, em qualquer adversidade. E talvez essa certeza tenha se confirmado algumas semanas atrás, quando em um devaneio questionei-a sobre os motivos que levavam ela a me aturar. Ela me olhou de novo daquela forma e disse:

- No momento em que eu me questionar sobre o porquê da nossa amizade, não me achareia apta a ser amiga de alguém. - Tá bom, não foi com essas palavras, mas foi assim: Poético e profundo!

Bom, nunca dissertei muito sobre os meios de como construimos laços. Mas esse em comum me intriga. Amigos de infância não duram mais do que um verão, mesmo se for uma vizinha. Brincamos de Power Rangers, Pega-Pega, Rodinha e outros. Não construímos laços.
Vivemos cada dia como se fosse o último. Cada brincadera como se fôssemos quebrar a perna ou ficar de castigo por meses. Não nos preocupavamos com o futuro, vivíamos o presente.

Vendo bem agora, acho que descobri o porque de laços eternos. Seremos eternamente crianças em nossas mentes adultas. Mas agora é hora de murfar, virar um rager amarelo e tentar salvar nossas vidas como pudermos!

Te amo Amiga ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário