sábado, 11 de junho de 2011

Amores impossíveis

Ana Carolina estava divorciada faziam 5 mesmes. Era jovem e bela, afinal casara-se cedo... Mas sua autoestima estava em baixa. Normal quando se convive 10 anos com uma pessoa e tem que redoscobrir os macetes do flerte.
Nessas horas os amigos (e somente eles) tem força, poder, capacidade e talento de revigorar a vida. Nada mais justo, Julia, sua melhor amiga desde o colegial marcou um encontro entre ela e um conhecido que se formara com ela em direito. A astuta amiga escolheu Pedro, um moço com a autoestima pior do que a de Ana, porém regada de simpatia e olhos azuis.

Ana viu ele entrando. "É ele... só pode. Não não. É demais pra mim. O Carlos era tão gordinho. Puta merda, o Carlos de novo. Abstari, abstrai... Esquece. O Carlos roncava, será que ele..."

- Oi! Memee nome é Ana, a Julia já deve ter dito ("E disse, puts... Eu gaguejei? Gaguejei. Merda. Caralho PUTA QUE PARIU!")

E depois de quebrar o gelo, veio o vinho. E depois de comer ambos ficaram estarrecidos e confortáveis. Como se olhassem na alma um do outro. Era bom.
Ela resolveu partir pro ataque. A velha e boa bulinada por baixo da mesa era infalível, ao menos 10 anos atrás.

Ela levantou tremendo a barra da calça dele. Sua perna deslizou pela paturrilha e o bico do seu scarpin era a extensão do seu desejo.

Mas ele nada. Sem reação.. Frígido. Nem ria, nem reclamava. Sequer se mexia.

Ela se enraiveceu e bicou a canela do rapaz no ato em que suas bochechas coraram de ódio.

Ele nada.

Ana pegou sua bolsa, pagou a conta e saiu com a dignidade de uma mulher confiante.

Pedro ficou confuso. Foi embora com mais insegurança e com a prótese ortopédica amassada na altura da canela....

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