quarta-feira, 16 de março de 2011

CARTAS A UM DESCONHECIDO IV

Hoje acordei não querendo ser eu...
Não estou insatisfeita comigo ou com o rumo que estou levando. Só que qeria acordar e se um espectador da minha vida, não a intérprete
Queria não ser eu. Simplismente ser um outro alguém com uma vida diferente. Só por um dia.
Correr sem destino, sair de um ponto de partida sem ter onde chegar. Esquecer por um segundo que o mundo talvez seja tão complicado (e é!).
E lembro que li um livro uma vez, num livro qualquer, algo que definia bem a morte em todos seus sentidos poéticos. Sinceramente, não é a morte que anseio, ainda sinto no âmbito do meu ser que a morte é só o fim de quem vive.
E convenhamos, ainda tenho muitos caminhos para desbravar e vidas pra viver!
..."Em algum momento todos se sentirão sozinhos e abandonados. Só um teste incessante aos limites do corpo pode nos dar a consciência de que continuamos vivos. Se pomos o corpo a prova, não é pelo capricho fútil de saber até onde podemos ir, mas para saber onde estamos - embora aos outros possa parecer que cometemos um ato contra a natureza. E muitas vezes quando descobrimos, já é tarde. [...] ele me disse que sabia o que era a morte: um exesso que se anula. É ficar mais cansado que o cansaço permite, exeder as próprias condições, reduzir-se a menos que zero, ultrapassar as vinte e quatro horas de um dia sem chegar ao dia seguinte."...
Nove Noites, de Bernardo Carvalho

Então é isso, se temos que viver nesse corpo, que vivamos plenamente equilibrados e sãos. Perder o controle não é uma vitória, mas sim uma derrota.

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O Deus em mim, saúda o Deus em você!

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